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1. f. cultivo.

 De la tierra.

1. f. cultivo.

 De la tierra.

El laberinto mágico (Julián Barón, 2019)

O Workshop IBÉRICAS3 foi apresentado no dia 25 de Novembro de 2020 no campus de Fuenlabrada da Universidad Rey Juan Carlos. 

Ana Teresa Vicente e Laura Benítez Valero foram as convidadas do encontro Ibéricas+ 2020, onde apresentaram o seu trabalho e um interessante diálogo sobre o trânsito, o desastre ecológico e os focos de resistência activa. Ambas autoras, juntamente com aa artista portuguesa Ana Catarina Pinho, e xs docentes da URJC (Madrid) Gema Pastor Andrés, Tomás Zarza, Miguel Sánchez-Moñita e Diana Fernández Romero, falaram sobre os processos de pesquisa e criação e de como estes se inscrevem e se transformam em imagens, corpos, imaginários e tecnologias de representação.

 

Ana Teresa Vicente, artista residente em Lisboa, apresentou o seu projecto em curso Transtopia, que teve início durante a sua residência artística em Hong Kong. O desenvolvimento do projecto viu-se condicionado pela pandemia Covid-19, a que a levou a questionar com maior profundidade as formas de negociação com os novos tempos, como se articulam em si as camadas que mapeiam a cidade real da imaginada ou quais são as nossas probabilidades ecológicas. Transtopia é uma metáfora do trânsito como destino. Quais os tipos de "trânsito" podemos experimentar de forma a informar outras pessoas y lugares? Como podem ser questionadas as noções de identidade e diferenca no sentido de diluir as fronteiras criadas pelo ser humano e aumentar os esforços humanos para sarar o nosso contexto natural?

 

Laura Benítez Valero, investigadora e curadora independente, reflectiu sobre alguns projectos que exploram críticamente o contexto contemporâneo por intermédio das bio(info)tecnologias. São práticas de resistência que desafiam críticamente os modos de habitar os espaços partilhados a partir de projectos cooperativos e abertos. Alguns dos quais: Open Source Estrogen, de Mary Maggic; ou Wetlab, vinculado ao projecto de Creative Europe Biofriction sobre as práticas de Bioarte ou Biohacking, que surgem como um espaço cujos projectos se situam nas interacções híbridas entre artes e ciências, com a intenção de facilitar o encontro entre artistas, científicxs e diferentes agentes sociais de forma a abordar múltiplas questões presentes no contexto contemporâneo, como por exemplo, se podemos oferecer soluções ou revisões críticas conjuntas sobre a situação actual.

Resumo conferência_

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PROGRAMA

10:00 Sonia Núñez Puente Presentación de las Jornadas IBERICAS6

10:15 Gema Pastor Andrés, Diana Fernández Romero y Rocío Bueno. Proyecto FIGURA Y FONDO. Acción icónica para redescubrir a las mujeres del campo. El archivo fotográfico a través del arte.

10:45 Silvia Magro Vela. Visita guiada a la exposición LA COSECHA

11:30 Descanso

12:00 Ana Catarina Pereira, Ana Isabel Soares y Caterina Cucinotta:  SPECULUM: UM OLHAR PARA DENTRO E UMA PESQUISA QUE SE PROLONGA PARA ALÉM DO TEMPO

12:45 Marta Martín Núñez: UN ARCHIVO DE FOTOLIBROS PARA PENSAR QUÉ MEMORIA QUEREMOS CONSTRUIR

13:30 Todas las ponentes. Mesa Redonda

14:15 Raquel Rodríguez Díaz. Cierre de las jornadas

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Resumen conferencia_

TRANSTOPIA

um lugar com o trânsito como destino em si mesmo

Ana Teresa Vicente

Transtopia é um projecto em desenvolvimento que teve inicio durante a minha residência artística em Hong Kong. É baseado em três proposições: E se o pior pesadelo do arquivista se tornasse realidade e todos os nossos arquivos em papel desaparecessem repentinamente, o corpo de cada documento impiedosamente consumido por um estranho vírus ou praga de insectos? E se todas as camadas que mapeiam e separam a cidade real e a cidade imaginada de repente colapsassem sobre si mesmas? As nossas hipóteses ecológicas são tão frágeis, de que adianta tentar encapsular a fauna e a flora numa jarra? Transtopia implica a ideia de trânsito: "Lugares que existem sob a forma de mapas estão inevitavelmente fadados a sofrer uma transformação e transferência e, desta forma, são como cometas que viajam incessantemente, circulando continuamente, para sempre no acto de trânsito, sem nunca chegar aos seus destinos. Transtopia é um lugar com o próprio trânsito como destino. (...) Se os mapas podem abrigar segredos, eu imaginei que eles teriam que ser escavados de documentos fragmentados e comidos por traças, e não de gráficos modernos cientificamente renderizados." (Dung Kai Cheung, Atlas: A Arqueologia de uma Cidade Imaginária).

A primeira fase da minha investigação contou com o apoio da Fundação Oriente e foi possível através de uma parceria estabelecida entre In-situ - Hong Kong Artist in Residency (Kowloon, Hong Kong) e V54 - Young Artist in Residency (Happy Valley, Hong Kong).

 

Resumo conferência_

PRÁTICAS DE BIOFRICÇÕES

sobre a radicalidade dos possíveis

Laura Benítez Valero

No quadro atual de derrocada ecológica e um sentimento coletivo de não fuga, também encontramos bolsões de resistência ativa. Entre esses enfoques converge uma multiplicidade de práticas que, por meio do trabalho com as bio(info)tecnologias, articulam uma revisão crítica do contexto contemporâneo em parâmetros políticos. Projectos que, desde uma concepção contenciosa —não só da biologia, mas também da tecnociência em geral—, colocam o negativo a serviço das potências de afirmação, compartilhando modos de fazer que se organizam em processos transversais abertos ao exterior, multipontuais e cooperativos. São práticas que entendem a resistência como um devir constituinte e que, como tal, geram locais de encontro e parentesco altamente poluentes que desmontam a construção da excepcionalidade humana, bem como estratégias de interrupção e formas de contacto-experiência que nos desafiam a respeito de como habitamos os espaços compartilhados nos poderes que transbordam as fendas.

Sobre Ana Catarina Pereira_

Ana Teresa Vicente é uma artista residente em Lisboa, Portugal. É doutorada em Belas Artes - Fotografia pela Universidade de Lisboa, Faculdade de Belas Artes, com bolsa da FCT Portugal. O seu trabalho tem sido apresentado regularmente desde 2005, em exposições, palestras e publicações. Em 2020, expôs o seu trabalho em SITUATIONS / The Right to Look, Fotomuseum Winterthur, CH, Selections from the Seagrave Museum, DAAP Gallery, USA, e Palimpsesto no Museu Penafiel, PT. Em 2019, foi co-curadora com a Professora Mónica Mendes da exposição Timelessness no Ars Electronica Campus, e expôs os seus trabalhos no Athens Photo Festival, GR, e FORMAT19, UK. No ano anterior, expôs na Binary / Non-binary, GESTE Paris, FR; Imersivo | Imersivo, SNBA, PT; O fracasso é um dado adquirido, Archivo Studio, PT e Valor de face na Liverpool John Moores University, Reino Unido. Recebeu uma bolsa da Fundação Oriente para desenvolver um AIR in In-situ, Hong Kong. Foi co-coordenadora e investigadora do Pós-Screen: Festival Internacional de Arte, Novos Media e Ciberculturas (Lisboa). Actualmente é membro da direcção da associação cultural Criaatividade Cósmica, curadora do Festival Aura (Sintra, Portugal) e professora da ESAD.CR, Caldas da Rainha, Portugal.

www.anateresavicente.com

Sobre Ana Isabel Soares_

Doutorada em Filosofia, investigadora e curadora independente. A sua investigação relaciona filosofia, arte(s) e tecnociência. Actualmente, o seu trabalho gira em torno das práticas de bioarte, biohacking, processos de bio-resistência, biodesobediência civil e agentes não humanos. É professora de Estudos Críticos e Culturais em La Massana (Centro de Arte y Diseño) e professora externa de Tecnologia em Elisava. Trabalhou como coordenadora do Instituto de Humanidades de Barcelona / CCCB. Foi investigadora visitante no Ars Electronica Center e no Centro de Estudios y Documentación do MACBA. Também foi convidada por diferentes instituições internacionais, entre elas Interface Culturas Kunstuniersität Linz, Festival Sónar (Bcn / Hong Kong), Royal Academy of Arts London, ou a University of Puerto Rico. Directora do projecto europeu Biofriction.

www.laurabenitezvalero.com

Sobre Caterina Cucinotta_

Professora Auxiliar na Faculdade de Ciências da Comunicação da Universidad Rey Juan Carlos. Doutorada em Ciências da Comunicação (NOVA de Lisboa, 2015), com mestrado em Cinema, TV e Produção Multimédia pela Universidade de Bolonha (2007) e uma licenciatura em Arte, Espectáculo e Moda (Universidade de Palermo, 2003). Como bolseira de Pós-Doutoramento no Instituto de História Contemporânea (NOVA-FCSH, 2017-2023), desenvolveu o projeto “Figurino e textura espacial: Design e arte no cinema português dos últimos 50 anos” e coordenou o grupo de investigação CIP – Culturas, Identidades e Poder, participando na criação do GenLab (Laboratório de História e Estudos de Género) (2021) e codirigindo (2020) o Laboratório de História e Imagem. Publicou Viagem ao cinema através do seu vestuário (LabCom, 2018) e Figurinos e figurinistas. Conceitos para novas materialidades (Húmus, 2023). Integra o grupo de inovaçao docente NODOS (URJC) e a direção da Associação de Investigadores da Imagem em Movimento. A sua investigação centra-se nas materialidades do cinema.

Sobre Marta Martín Núñez_

Profesora titular en fotografía y narrativa en la Universitat Jaume I de Castellón. Ha sido residente en el Pervasive Media Studio de Bristol y ha realizado estancias de investigación en la New York University, en la Hasselblad Foundation (Göteborg), en la Roehampton University (Londres) y en la Biblioteca Nacional y Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía a través de Universidad Complutense de Madrid. Su investigación se centra en la fotografía española contemporánea, la memoria y las nuevas formas de narrativas visuales a través del análisis crítico del discurso audiovisual, temas sobre los que ha publicado una treintena de artículos en revistas científicas. Ha coeditado el libro Puntos ciegos, miradas afiladas. Discursos fotográficos y prácticas artísticas para hackear la posverdad (Tirant lo Blanch, 2022) y está escribiendo el libro El fotolibro español como dispositivo de resistencia artística.

Ha sido la investigadora principal en distintos proyectos competitivos financiados en convocatorias públicas, y actualmente codirige junto a Javier Marzal el proyecto Estrategias discursivas de disenso en las prácticas documentales españolas contemporáneas (DOESCO). Es la directora del Archivo de Memoria Fotográfica de la Guerra Civil, un proyecto financiado por el Ministerio de Presidencia, Relaciones con las Cortes y Memoria Democrática en 2022 y 2023, y ha sido la comisaria de la exposición Ecos de la memoria. Fotolibros del presente en el Museu de Belles Arts de Castellón en 2023, entre otras. Es directora colegiada de L’Atalante. Revista de Estudios Cinematográficos, codirectora del grupo Investigaciones en Tecnologías Aplicadas a la Comunicación Audiovisual (ITACA-UJI) y la directora del LabCom de la UJI.

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